Aplicações da Supercondutividade - O skate voador da Lexus

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Qubit supercondutor e esfera magnética híbrida (Superconducting qubit and magnetic sphere hybrid)




Ilustração do sistema acoplado ímã-qubit. O ímã e um qubit supercondutor são colocados com uma separação de 4 cm. O campo elétrico na cavidade interage com o qubit, enquanto o campo magnético interage com o ímã. A uma temperatura extremamente baixa de -273 °C, magnons, ou seja, quantum de flutuações do ímã, coerentemente casam com o qubit através do campo eletromagnético da cavidade. (Imagem: Yutaka Tabuchi)


Pesquisadores da Universidade de Tóquio demonstraram que é possível trocar um bit quântico, a unidade mínima de informação utilizada por computadores quânticos, entre um circuito quântico supercondutor e um quantum em um ímã chamado de magnon.
        Ímãs exercem uma força magnética produzida por um grande número de ímãs microscópicos - os spins dos elétrons - que estão alinhados na mesma orientação. Os movimentos coletivos do conjunto de spins são chamados de ondas de spin. Um magnon é um quantum de tais excitações, semelhante a um fóton como um quantum de luz, isto é, a onda eletromagnética. À temperatura ambiente os movimentos dos spins dos elétrons podem ser em grande parte afetados pelo calor. As propriedades individuais dos magnons não tinham sido estudadas a baixas temperaturas correspondentes para o ‘limite quântico’ em que desaparecem todas as flutuações de spin termicamente induzidas.
        O grupo de pesquisa do professor Yasunobu Nakamura conseguiu pela primeira vez acoplar um magnon com um fóton em uma cavidade de micro-ondas a uma temperatura ultra-baixa perto do zero absoluto (-273,14 °C). Eles observaram a interação coerente entre um magnon e um fóton, colocando uma esfera ferromagnética em uma cavidade de micro-ondas.
        O grupo de pesquisa demonstrou, além disso, acoplamento coerente de um magnon a um circuito quântico supercondutor. Este último é conhecido como um sistema de poço quântico controlável e como um dos blocos de construção mais promissores para processadores quânticos. O grupo colocou o ímã junto com o qubit supercondutor em uma cavidade e demonstrou a troca de informações entre o magnon e qubit supercondutor mediada pela cavidade de micro-ondas.
        Os resultados irão estimular a pesquisa sobre o comportamento quântico de magnons em dispositivos de spintrônica e abrir um caminho em direção a realização de interfaces quânticas e repetidores quânticos.





 

sábado, 25 de julho de 2015

ULVAC lança nióbio de alta pureza para aceleradores de partículas supercondutores (ULVAC Launches High-purity Niobium Material for Superconducting Accelerators)




Com uma taxa de resistência residual superior a 250, o nióbio de alta pureza é adequado para aceleradores supercondutores usados para acelerar partículas carregadas como elétrons, pósitrons, prótons e átomos ionizados.


A empresa ULVAC anuncia que desenvolveu nióbio de alta pureza para aceleradores de partículas supercondutores e vai começar a vender o material.
Há uma grande expectativa no uso de aceleradores de partículas supercondutores em uma ampla variedade de áreas, incluindo física de partículas, análise de estruturas de proteínas e separação e transmutação de resíduos altamente radioativos. Aceleradores supercondutores são usados ​​para acelerar partículas carregadas (elétrons, pósitrons, prótons e átomos ionizados).
O nióbio (Nb), que se torna supercondutor à temperatura mais alta (9,25 K) entre os metais puros, é usado como material em cavidades de aceleração. O nióbio para uso nestas cavidades deve ter uma taxa de resistência residual (RRR) superior a 250. A taxa de resistência residual é um índice da pureza do material que é calculado pela razão entre a resistividade elétrica à temperatura ambiente e a resistividade elétrica acima da temperatura de transição supercondutora (Tc). Quanto maior a taxa, maior será a sua pureza.
       Para aumentar a pureza do nióbio, a ULVAC otimizou várias condições como a seleção de matérias-primas, o grau do vácuo e a velocidade de fusão, produzindo com sucesso lingotes de nióbio com uma RRR superior a 250.
      
As características do produto são:
1) Lingotes de nióbio de alta pureza com uma RRR superior a 250
2) Material com um gradiente de campo elétrico de 41 MV/m
3) Produção integrada de placas, barras e tubos de lingotes de nióbio
4) Tubos sem solda e outros produtos processados ​​também estão disponíveis

       Atualmente, cavidades de aceleração são fabricadas com placas de nióbio moldadas em prensa na forma de taça e as peças são soldadas por feixes de elétrons. Há preocupação com a diminuição do rendimento resultante de defeitos da solda, bem como um declínio no desempenho causado por grânulos de solda dentro das cavidades. Para resolver esses problemas, pesquisas estão em desenvolvimento na produção de cavidades de aceleração sem solda.
A fabricação de tubos sem solda usa um método de moldagem que coloca o material em forma de tubo num molde de metal dentro de um dispositivo selado e impõe alta pressão sobre o líquido injetado no interior do tubo para inflar o material na forma do molde. Essa técnica deve reduzir de forma significativa a necessidade de soldagem, aumentando assim o rendimento e evitando a redução na capacidade de aceleração.



sexta-feira, 24 de julho de 2015

Próxima geração de aceleradores de partículas com filmes finos de nióbio (A grad student works toward the next generation of particle accelerator)




Matthew Burton (à direita) e sua orientadora Ale Lukaszew estão trabalhando em melhorias de um importante componente de aceleradores de partículas.


É preciso um grande instrumento para investigar uma partícula pequena. Os aceleradores de partículas, usados ​​pelos físicos para estudar as partículas elementares, são geralmente construídos no subsolo e seu tamanho é muitas vezes medido em milhas. Como o conhecimento das partículas fundamentais avança através de novas descobertas, os cientistas precisam de melhores aceleradores de partículas. Matthew Burton trabalha para fazer um acelerador melhor.
       Burton está se concentrando em um componente acelerador chamado cavidade ressonante de rádio-frequência (RF). As cavidades de RF são supercondutores em forma de anel que aceleram as partículas de modo que possam colidir umas com as outras em um esforço para dividi-las em seus componentes menores. As RF supercondutoras (SRF) usadas atualmente são feitas de nióbio, um metal que deve ser resfriado a -257 °C para se comportar como um supercondutor. O acelerador no JLab usa 338 cavidades de nióbio.


Um técnico do Jefferson Lab examina uma cavidade RF. O acelerador de partículas do JLab contém mais de 300 desses componentes supercondutores.


       Burton explicou que as cavidades feitas de nióbio apresentam alguns problemas. Por um lado, o nióbio é um metal altamente caro e também tem inconvenientes técnicos relacionados com a sua capacidade de conduzir o calor. Além disso, as cavidades SRF de nióbio têm progredido a um ponto em que exige-se um novo tipo de cavidade que ofereça um desempenho além do que o nióbio pode proporcionar.
       Para encarar estes problemas, Burton tem duas abordagens: uma é testar a possibilidade de utilizar filmes finos à base de nióbio para o revestimento das cavidades de cobre, que é mais barato e um condutor de calor mais eficiente. Outra é usar os filmes finos em multicamadas para criar uma cavidade ainda melhor com outros materiais adequados.
       Segundo Ale Lukaszew, “se o CERN tivesse as cavidades com a qualidade que temos hoje, o famoso bóson de Higgs teria sido descoberto há 25 anos. As cavidades que o CERN estava usando para realizar os experimentos na época chegou a um nível de energia muito abaixo do que era necessário para provar a existência do bóson de Higgs”, explicou.
       O processo de alinhar as cavidades com filmes finos oferece vários desafios. Lukaszew explicou que o filme deve ter espessura uniforme em toda a cavidade e também deve ter as qualidades de superfície adequadas. A menor imperfeição pode interromper seu caráter supercondutor.
       Burton explicou que a técnica de forrar as cavidades com filmes finos foi testada, mas principalmente com amostras de tamanho maiores. Amostras assim fornecem uma ideia de como a cavidade se comportaria se todo o interior for revestido com uma película fina. Burton estará entre os primeiros a tentar cavidades totalmente revestidas com um filme fino de nióbio. Ele está trabalhando com um processo chamado High Impulse Magnetron Sputtering (HIPIMS) para produzir filmes mais densos e uniformes por toda a cavidade. “Isso nunca foi usado antes. Nosso objetivo é utilizar esta nova técnica para tentar obter um melhor controle sobre a densidade dos filmes”, disse Burton.
       Os cientistas que tentam produzir uma cavidade com filmes finos de nióbio estão correndo contra o relógio. Lukaszew explicou que o CERN já começou a atualizar seus aceleradores de partículas: “Eles precisam de uma resposta no prazo de quatro anos, se o que estamos fazendo é melhor do que as cavidades atuais, então elas vão ser implementadas no CERN.
       A segunda fase do trabalho baseia-se em uma ideia de um físico teórico, Alexander Gurevich, que propôs um modelo usando filmes finos em multicamadas para aumentar o campo de aceleração das cavidades. Gurevich propôs que a superfície interior das cavidades devem ser revestidas com filmes finos alternando camadas supercondutoras e isolantes para aumentar o campo de aceleração das cavidades. “Se você faz cada camada fina o suficiente ela vai ter um campo crítico maior”, disse Burton. Quanto mais energia for inserida no interior das cavidades, mais rápido as partículas irão acelerar. As camadas alternadas permitem que as cavidades suportem campos de aceleração mais elevados.
       “A teoria prevê que você pode chegar ao dobro do campo máximo de aceleração fora destas cavidades. Assim, você pode fazer um acelerador com a metade do seu tamanho atual”. Aceleradores de partículas menores podem ser instalados em portos e em locais estratégicos semelhantes para verificar a presença de material nuclear. “Se você tiver uma cavidade reforçada que permita obter duas vezes o campo de aceleração, você pode fazer um acelerador que se encaixa em um porto de embarque. Você pode até mesmo encaixar na parte traseira de um caminhão pequeno”, disse ele. Este será o primeiro teste do modelo Gurevich em cavidades reais.



quinta-feira, 23 de julho de 2015

A pedra de Rosetta: um potencial supercondutor de alta temperatura (A potential Rosetta Stone of high-temperature superconductivity)




Simulação numérica da heterogeneidade magnética (vermelho = magnetismo, azul = supercondutividade), causada pela substituição de 1% dos átomos de índio por átomos de cádmio no supercondutor CeCoIn5. Imagem: NJ Curro (UC Davis) e Los Alamos National Laboratory



       A Pedra de Roseta tem a mesma mensagem escrita em três diferentes idiomas que dão aos estudiosos importantes insights sobre línguas antigas. O material CeCoIn5, em virtude do seu elevado grau de pureza, permite o estudo da interação entre magnetismo, supercondutividade e a desordem em três diferentes classes de supercondutores não convencionais (cupratos, pnictídeos e férmions pesados). O sistema modelo pode ajudar os pesquisadores a decifrar os complexos fenômenos emergentes em diferentes classes de supercondutores convencionais e no desenvolvimento de uma teoria completa para a supercondutividade de alta temperatura.
       Em geral, a descoberta de novos materiais supercondutores com maiores temperaturas críticas (TC) é feita por dopagem controlada, ou seja, substituindo estrategicamente certos elementos químicos por outros em um material de partida com uma TC já elevada. Embora essa abordagem funcione, prever o comportamento dos materiais supercondutores continua a ser um grande desafio devido a várias complexidades incluindo a desordem nos materiais cristalinos.
       Uma equipe internacional de cientistas coordenada pelo Los Alamos National Lab demonstrou que o composto CeCoIn5 com incrível elevada pureza e a mais alta temperatura supercondutora de um material à base de cério, pode servir como um sistema ideal para investigar o efeito de desordem nos materiais. Flutuações magnéticas, um limitador para a supercondutividade não convencional, são observadas no CeCoIn5, mas localmente desaparecem no material dopado com uma pequena quantidade de cádmio (que substitui índio). Surpreendentemente, a temperatura de transição supercondutora do material dopado permanece quase inalterada.
       O trabalho mostra 'gotas' estáticas de magnetismo em torno dos átomos dopados, mas que não afetam a supercondutividade neste material. Espera-se que mais pesquisas sobre este material permita decifrar outros aspectos da supercondutividade não convencional que poderia abrir caminho para o desenvolvimento de uma teoria mais completa desse fenômeno.







sexta-feira, 17 de julho de 2015

Usando campos magnéticos para entender a supercondutividade de alta temperatura (Using magnetic fields to understand high-temperature superconductivity)





Brad Ramshaw, cientista do Los Alamos National Laboratory (LANL) realiza um experimento no Pulsed Field Facility of the National High Magnetic Field Lab, expondo supercondutores de alta temperatura a campos magnéticos muito elevados, mudando a temperatura na qual os materiais se tornam supercondutores e revelando propriedades únicas destas substâncias. Crédito: Los Alamos National Laboratory


Cientistas do Los Alamos National Laboratory estão expondo supercondutores de alta temperatura a campos magnéticos muito elevados, mudando a temperatura que os materiais se tornam supercondutores e revelando propriedades únicas destas substâncias.
       “As medidas de campo magnético em supercondutores de alta temperatura estão pavimentando o caminho para uma nova teoria da supercondutividade”, diz Brad Ramshaw, um cientista do Los Alamos National Laboratory e principal pesquisador do projeto.
       O objetivo final da pesquisa é criar um supercondutor que opere à temperatura ambiente e não necessite de resfriamento. Todos os dispositivos que fazem uso de supercondutores, tais como os imãs MRI encontrados em hospitais, devem ser resfriados a temperaturas muito abaixo de zero, com nitrogênio líquido ou hélio, adicionando custo e complexidade à empresa.
“Esta é uma experiência verdadeiramente histórica que ilumina um problema de importância central para a física da matéria condensada”, disse Gregory Boebinger, cientista-chefe do Condensed Matter Science no National High Magnetic Field Laboratory's. “O sucesso deste trabalho é resultados das equipes terem as melhores amostras, os mais altos campos magnéticos, as técnicas mais sensíveis, e a criatividade inspirada por uma equipe de investigação multi-institucional”.
       Os supercondutores de alta temperatura, tais como o óxido de ítrio, bário e cobre (YBa2Cu3O6+x), não podem ser explicados pela teoria BCS, e assim os pesquisadores necessitam de uma nova teoria para estes materiais. Um aspecto interessante dos supercondutores de alta temperatura, é que se pode alterar a temperatura de transição supercondutora (TC) por doping, ou seja, alterando o número de elétrons que participam da supercondutividade.
       A pesquisa da equipe do Los Alamos descobriu que a dopagem do YBa2Cu3O6+x onde a temperatura crítica é mais alta (dopagem ótima), os elétrons se tornam muito pesados e se movimentam de forma correlacionada.
       “Isso nos diz que os elétrons estão interagindo muito fortemente quando o material é um supercondutor ideal”, disse Ramshaw. “Essa é uma peça vital de informação para construir a próxima teoria da supercondutividade”.
       “Um problema de destaque na supercondutividade de alta TC tem sido a questão de saber se um ponto quântico crítico - um valor especial de dopagem onde flutuações quânticas levam a fortes interações elétron-elétron - está elevando notavelmente a TC nestes materiais”, disse ele. “Prova de sua existência nunca foi encontrada devido à natureza robusta da supercondutividade em cupratos, se os cientistas demonstrarem que existe um ponto quântico crítico, isso constituiria um marco significativo para a resolução do mecanismo de emparelhamento supercondutor, explicou Ramshaw.
       “Montar as peças deste complexo quebra-cabeça da supercondutividade foi uma tarefa difícil que envolveu cientistas de todo o mundo por décadas”, disse Charles H. Mielke, diretor do Pulsed Field Facility of the National High Magnetic Field Lab. “Embora o quebra-cabeça esteja incompleto, esta peça essencial liga resultados experimentais indiscutíveis de aspectos fundamentais da física da matéria condensada”.
       A equipe mediu oscilações quânticas magnéticas em função da dopagem em campos magnéticos muito fortes. Campos magnéticos elevados permitem que o estado normal seja acessado através da supressão da supercondutividade. Os campos que se aproximam de 100 T, em particular, permitem que as oscilações quânticas sejam medidas muito próximas do máximo na temperatura de transição, TC ~ 94 K. Essas oscilações quânticas fornecem aos cientistas uma imagem de como os elétrons estão interagindo uns com os outros antes que eles se tornem supercondutores.
       Investigando uma gama muito ampla de dopagens, os autores mostraram que existe um forte aumento da massa efetiva na dopagem ótima. Um forte incremento da massa efetiva é a assinatura no aumento da força de interação entre os elétrons, e a assinatura de um ponto quântico crítico. A quebra de simetria responsável por este ponto ainda não foi fixada, embora uma conexão com o ordenamento de carga parece ser provável, observa Ramshaw.






terça-feira, 14 de julho de 2015

Físicos mapeiam a estrutura eletrônica da supercondutividade (Physicists map electron structure of superconductivity’s ‘doppelgänger’)





Andrea Damascelli pesquisa materiais com propriedades supercondutoras. Fonte: Hogan Wong/A Ubyssey


Cientistas estão pintando um profundo quadro do ordenamento de carga em supercondutores de alta temperatura, uma auto-organização eletrônica que pode estar intrinsecamente ligada com a própria supercondutividade.
       “Tudo o que podemos aprender sobre a estrutura do ordenamento de cargas nos leva um passo mais próximo de entender como este ordenamento está entrelaçado e potencialmente compete com a supercondutividade”, diz Riccardo Comin, principal autor que conduziu a pesquisa.
Dois estudos confirmam que o ordenamento de carga forma um ‘padrão de onda d’ predominantemente unidimensional.
       O ordenamento de carga cria instabilidades em cupratos supercondutores a temperaturas maiores do que -100º C. Isso faz com que alguns elétrons se reorganizem em novos padrões estáticos periódicos que competem com a supercondutividade. A razão por trás desta competição permaneceu uma incógnita até que esses estudos demonstraram que o ordenamento de carga e a supercondutividade compartilham a mesma simetria subjacente.
       “Curiosamente, os pares de elétrons supercondutores também apresentam uma configuração chamada onda d”, diz Andrea Damascelli, líder da equipe de pesquisa. “Isso dá mais credibilidade à possibilidade de que ambos os fenômenos são irmãos alimentando uma interação comum subjacente”.
Comin e colaboradores investigaram amostras frias de óxido de cobre, ítrio e bário com raios-x e descobriram que o ordenamento de carga produz um padrão listrado, ou seja, os elétrons se auto-organizam ao longo de uma direção, em vez de em duas direções.
       “Combinadas”, diz Comin, “nossas investigações fornecem uma resolução completa da simetria do ordenamento de carga em cupratos”.





segunda-feira, 13 de julho de 2015

Usando nióbio e tântalo em produtos supercondutores (Using Niobium and Tantalum in Superconducting Products)




A empresa H.C. Starck oferece hastes e folhas de tântalo e nióbio para a fabricação de fios supercondutores de baixa temperatura, onde resfriamento criogênico é necessário para manter o material abaixo da temperatura crítica.
       A empresa também fornece serviços de extrusão de feixes de fios de grande diâmetro para atender os requisitos dos clientes. Tântalo (Ta) e nióbio (Nb) apresentam propriedades especiais, que os tornam uma opção adequada para várias aplicações com supercondutores:

    - Aceleradores de partículas
    - Equipamentos médicos (RMN e RMI)
    - Levitação magnética
    - Equipamentos de pesquisa em fusão nuclear
    - Espectroscopia de massa

As folhas e as hastes de tântalo e nióbio da H.C. Starck têm sido usadas ​​em projetos científicos de grande escala para desenvolver reatores de fusão para produção de energia limpa e em grandes experimentos de acelerador de partículas. Os supercondutores são críticos para estes experimentos que envolvem a suspensão e controladores de plasmas de alta energia.
       Durante a produção do fio supercondutor, é tomado cuidado para garantir que as hastes e as folhas tiveram sua composição química, propriedades mecânicas e rugosidade de superfície, rigorosamente controladas. Isto é importante para permitir um melhor processamento e ajuda a alcançar um fio supercondutor de alta qualidade.
       As folhas são frequentemente utilizadas como uma barreira de difusão entre o estanho e cobre, e as hastes são usadas principalmente para a produção de fios supercondutores de Nb3Sn. Estes fios são usados ​​em aplicações de alto campo magnético.
       O tântalo é usado principalmente em supercondutores para criar uma barreira de difusão confiável e estável entre a matriz de estanho e cobre. Essa barreira de difusão começa como uma folha de tântalo, cuja largura é reduzida para apenas uma fração da sua largura original durante o curso do processo de estiramento.
       Cuidados devem ser tomados para assegurar que a camada de tântalo não seja danificada e não deve haver qualquer contato direto entre o estanho e cobre. Esta é a razão pela qual a qualidade original da superfície, a uniformidade de espessura, as propriedades mecânicas e a microestrutura tem uma grande importância. Se essas propriedades não são controladas adequadamente, isso resultaria em pobres propriedades magnéticas, rendimentos reduzidos e vários outros efeitos indesejados.
       As propriedades do nióbio são tão importantes quanto as do tântalo, mas por razões ligeiramente diferentes. Este é o lugar onde a H.C. Starck se destaca. A empresa desenvolveu processos que facilitam o controle rigoroso de todas as propriedades e parâmetros chave. A H.C. Starck continua a fazer avanços na otimização das propriedades mecânicas ou microestruturais em suas instalações.
       A Figura 1 mostra o mapa EBSD e o pólo de hastes de nióbio em seção transversal.

 
Figura 1. Mapa EBSD e pólo das hastes de nióbio em secção transversal


As especificações das hastes de nióbio e tântalo são:
    - Controle microestrutural
    - Em conformidade com a norma ASTM B392 (Nb) e B365 (Ta)
    - Propriedades mecânicas e químicas consistentes
    - Comprimento máximo: 2,5 a 7,5 m
    - Diâmetros: 10 a 100 mm

As especificações das folhas de nióbio e tântalo são:
    - Química consistente
    - Excelente qualidade de superfície
    - Propriedades mecânicas sintonizados com as necessidades dos clientes
    - Em conformidade com a norma ASTM B393 (Nb) e B708 ​​(Ta)
    - Folha: 0,25 a 2,5 milímetros de espessura, até 1m de largura
    - Outras dimensões podem ser disponibilizadas mediante pedido


H.C. Starck presta serviços de extrusão para produção de fios supercondutores de baixa temperatura (Figura 2). A prensa de 5,500 mt é integrada com controles avançados para reduções ótimas e controle dimensional preciso. A alta tonelagem leva a propriedades excelentes dos fios e melhores rendimentos.



Figura 2. Tarugo para extrusão


O tarugo para extrusão opera sob as seguintes condições:
    - Temperatura de extrusão: vasta gama, atmosfera controlada
    - Força de pressão: 5500 toneladas
    - Diâmetro do tarugo de entrada: 152 a 432 milímetros (6-17 ")

Tântalo e nióbio são materiais supercondutores de baixa temperatura que continuarão sendo utilizados em aceleradores de partículas grandes e poderosos.
       Para obter mais informações visite o site da H.C. Starck.



sábado, 11 de julho de 2015

Aplicação de supercondutor de alta temperatura produz maior campo magnético do mundo (Application of high-temperature superconductor yields world's highest magnetic field)



Uma parte do sistema recentemente desenvolvido, um RMN de 1020 MHz equipado com ímãs supercondutores (5 m de altura e 15 toneladas). Hélio líquido é utilizado para a refrigeração.


Uma equipe de pesquisadores japoneses desenvolveu com sucesso um sistema de ressonância magnética nuclear (RMN de 1.020 MHz), equipado com o maior campo magnético do mundo. A equipe confirmou o seu desempenho consideravelmente melhorado em comparação com sistemas convencionais de RMN em termos de sensibilidade e resolução.
        Sistemas RMN são usados para vários fins, incluindo a análise conformacional 3D de biopolímeros como proteínas, química orgânica e pesquisa de materiais. Em particular, é uma das ferramentas indispensáveis ​​para o desenvolvimento de novas drogas. No desenvolvimento de uma nova droga, é vital a compreensão de uma forma rápida e precisa das estruturas da proteína. Nessa visão, melhorar o desempenho dos sistemas RMN é de grande importância. A intensidade do campo magnético é um indicador chave do desempenho dos sistemas RMN. Não havia concorrência para desenvolver sistemas RMN com campos magnéticos superiores a 1.000 MHz. Durante muito tempo, esperava-se amplamente que a utilização de supercondutores de alta temperatura permitiria a produção de campos magnéticos acima de 1000 MHz. No entanto, como supercondutores de alta temperatura possuem problemas de fragilidade e processabilidade, nenhuma das partes tinha alcançado seu uso prático por um longo tempo.
        Através do desenvolvimento de várias novas tecnologias, incluindo a produção de fios com supercondutores de alta temperatura desenvolvida pela NIMS, a equipe de pesquisa criou recentemente o sistema RMN equipado com o campo magnético mais alto do mundo em 1020 MHz. Antes de alcançar esta conquista, a equipe passou 20 anos de planejamento, projeto e construção, bem como a superação de muitas dificuldades, como a suspensão do projeto.
        É esperado que o campo magnético extremamente alto contribua grandemente em vários campos de pesquisa como a biologia estrutural, a química analítica e a engenharia de materiais. Além disso, considerando que a RMN requer um campo magnético com extraordinária precisão, a tecnologia de supercondutores de alta temperatura desenvolvida para o RMN é aplicável a vários sistemas de alta tecnologia, como a fusão nuclear, trens de motor e cabos de alimentação.






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