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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Projeto brasileiro de trem de levitação magnética é o primeiro a transportar passageiros com essa tecnologia



Projeto da Coppe/UFRJ aguarda resposta para pedido de certificação internacional para poder ser 'exportado'




Maglev-Cobra, o trem de levitação magnética da Coppe/UFRJ (Foto: Divulgação Coppe/UFRJ)



Um trem de levitação magnética por supercondutividade, testado no Rio há um ano e sete meses, está à espera do resultado de um pedido de certificação internacional, que poderá abrir caminho para a sua produção industrial e comercialização. O veículo, criado pela Coppe/UFRJ e em funcionamento na Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, é o primeiro no mundo a transportar passageiros com essa tecnologia. A composição, que circula sobre trilhos imantados, com baixo consumo de energia e sem emissão de poluentes, já despertou o interesse da China, que discute um acordo de cooperação com a universidade.
Desde fevereiro de 2016, o chamado Maglev–Cobra já transportou cerca de oito mil pessoas. As viagens pela linha experimental de 200 metros são às terças-feiras, das 11h às 15h, e ligam dois prédios do Centro Tecnológico da UFRJ. No trecho, ele atinge 12km/h, mas, em área urbana, poderá chegar a 100km/h.
Nos testes, o projeto da Coppe/UFRJ não apresentou problemas. A próxima etapa, a de certificação, é conduzida por um órgão independente.
“O processo de certificação tem um custo relativamente alto. Recorremos a um fundo de apoio do BNDES. A proposta está em avaliação”, explica o professor da Coppe/UFRJ Richard Stephan, coordenador do projeto. “O Inmetro ainda não está preparado para esse tipo de certificação, mas a TÜV, da Alemanha, poderia fazê-lo.”
O Maglev–Cobra está no nível sete da escala TRL, que vai até nove e é adotada pela Nasa para medir o grau de amadurecimento de uma nova tecnologia. Atingir o nível máximo indica que o projeto está pronto para ser comercializado.
A tecnologia criada pela Coppe/UFRJ dá sinais de que pode ser uma das soluções para a mobilidade urbana no mundo. O Japão, a Coreia do Sul e a China já dispõem de veículos de levitação magnética em operação comercial (Pequim deverá ganhar uma segunda linha até o fim do ano). Mas há diferenças entre o Maglev–Cobra e os trens da Ásia.
“Ele usa uma técnica de levitação estável que dispensa controladores, sensores e atuadores (dispositivos que movimentam uma carga). É um sistema mais confiável, com menos peso e volume”, diz Stephan.
Hoje, trens semelhantes em operação comercial no mundo usam levitação eletromagnética, que exige um sistema complexo para manter a distância correta entre o trilho e o veículo. A suavidade da operação do Maglev–Cobra impressiona, principalmente quem está acostumado com as composições da SuperVia e do metrô.
“Parece que estamos dentro de algo muito leve. Não faz barulho. É uma viagem muito suave”, disse Sara Braga, de 15 anos, aluna da rede estadual, que visitou a Coppe na semana passada.
        Segundo Stephan, o Maglev–Cobra poderia começar a rodar no Rio ligando a Rodoviária Novo Rio ao metrô da Praça Onze ou do Estácio. Outra possibilidade seria circular entre o shopping Nova América e a Ilha do Governador. Num segundo momento, do Recreio à Barra ou ao longo da Linha Amarela. Especialistas da Coppe já avaliam esses percursos.




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