Aplicações da Supercondutividade - O skate voador da Lexus

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quarta-feira, 1 de julho de 2015

Descoberta abre caminho para novos tipos de dispositivos eletrônicos supercondutores (Fabricating inexpensive, high-temp SQUIDs: Discovery paves way for new kinds of superconducting electronics)



Representação da forma do feixe de íons de hélio criando uma junção Josephson em escala atômica num cristal supercondutor de alta temperatura, o YBa2Cu3O7-d. A inserção retrata a aparência do dispositivo em escala macroscópica (milímetros). Crédito: Meng Ma / UCSD 


Físicos da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD), desenvolveram uma nova maneira de controlar o transporte de correntes elétricas em supercondutores de alta temperatura. A descoberta abre caminho para o desenvolvimento de dispositivos eletrônicos sofisticados, capazes de permitir que cientistas ou médicos meçam de forma não invasiva os minúsculos campos magnéticos do coração ou do cérebro, e melhorem as comunicações por satélite.
       Acreditamos que esta nova abordagem vai ter um impacto significativo e de longo alcance em medicina, física, ciência de materiais e de satélites de comunicações”, disse Robert Dynes, professor de física na UCSD. “Isso vai permitir o desenvolvimento de uma nova geração de dispositivos eletrônicos supercondutores cobrindo um amplo espectro, variando de magnetômetros altamente sensíveis para medições biomagnéticas do corpo humano até matrizes em grande escala para comunicações de banda larga por satélite. Em ciência básica, espera-se que contribua para o entendimento dos mistérios de supercondutores não convencionais e poderá desempenhar um papel importante em novas tecnologias, como a ciência da informação quântica”.
       Os pesquisadores encontraram uma forma de controlar o transporte elétrico nestes materiais através da construção de um dispositivo dentro do material supercondutor chamado de ‘junção Josephson’, análogo em função do transistor em eletrônicos semicondutores. Ele é composto de dois eletrodos supercondutores separados por cerca de um nanômetro.
       Circuitos construídos a partir de junções Josephson, chamados de dispositivo supercondutor de interferência quântica (SQUID), são usados ​​para detectar campos magnéticos extremamente pequenos, mais de 10 bilhões de vezes menor do que o da Terra. Uma grande desvantagem para esses dispositivos é a baixa temperatura necessária para a sua operação, normalmente apenas 4 graus acima do zero absoluto. Isto exige sistemas de refrigeração intrincadas e dispendiosos.



Pesquisadores da UCSD, da esquerda para a direita: Shane Cybart, Bob Dynes, Meng Ma e Ethan Cho. Crédito: Ethan Cho/UCSD


       Quase três décadas se passaram desde a descoberta do primeiro supercondutor de alta temperatura e o progresso na construção de dispositivos eletrônicos com esses materiais tem sido muito lento. Isso porque o controle do processo em escala inferior a 10 nanômetros é necessário para fazer junções Josephson de alta qualidade fora desses materiais.
       Os físicos da UCSD uniram-se a Carl Zeiss Microscopy em Peabody (Massachusetts), que dispõem de equipamentos capazes de gerar feixes altamente focados de íons de hélio, visando experimentar uma abordagem que acreditavam poder evitar problemas anteriores.
       “Usando o feixe de hélio finamente focado do Zeiss Orion's, nós irradiamos e, portanto, desordenamos uma região nanométrica do supercondutor para criar o que é chamado de ‘barreira de tunelamento quântico’ e fomos capazes de escrever circuitos Josephson diretamente em um filme fino do óxido supercondutor”, afirmou Shane Cybart, físico que desempenhou um papel fundamental nas descobertas. “Usando esse método de escrita direta eliminamos o tratamento litográfico e oferecemos a promessa de um caminho simples de circuitos quânticos que operam em temperaturas mais práticos”.
       “A chave para este método é que os supercondutores de alta temperatura são muito sensíveis aos defeitos pontuais provocados pelo feixe de íons na rede cristalina. O aumento dos níveis de irradiação tem o efeito de aumentar a resistividade e reduzir a temperatura de transição supercondutora”, disse Cybart. “Em níveis muito elevados de irradiação, o supercondutor se torna isolante. Isso nos permite usar o pequeno feixe de hélio para escrever estas junções diretamente no material”.
       Os físicos que entraram com um pedido de patente para licenciar sua descoberta, agora estão colaborando com pesquisadores médicos para aplicar o seu trabalho no desenvolvimento de dispositivos que podem medir de forma não invasiva os minúsculos campos magnéticos gerados dentro do cérebro, a fim de estudar distúrbios cerebrais, como o autismo e epilepsia em crianças.
       “No campo das comunicações, estamos desenvolvendo comunicações por satélite de taxa de transferência de dados de alta largura de banda,” disse Cybart. “Na ciência básica, estamos usando essa tecnologia para estudar materiais supercondutores cerâmicos visando ajudar a determinar a física que rege o seu funcionamento de modo a conduzir a melhores materiais que operam em temperaturas ainda mais altas”.





terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Menor geladeira do mundo vai congelar qubits e pixels




Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/11/2014

Esquema de funcionamento e visão superior da microgeladeira. [Imagem: Hung Nguyen/Hanoi University of Science/QNES/CNRS]


Microgeladeira

Algumas vezes é necessário resfriar muito coisas grandes - de um metro cúbico, por exemplo. Noutras, o frio deve ser igualmente radical, mas em volumes muito menores. Para esses casos, Hung Nguyen e seus colegas da Universidade de Hanói (Vietnã) e Aalto (Finlândia), criaram aquela que pode ser chamada de a menor geladeira do mundo. O microrrefrigerador funciona arrancando elétrons de alta energia de um metal e transferindo-os para um supercondutor, levando com eles o calor.

Refrigeração eletrônica

Esta técnica de refrigeração eletrônica usa duas junções metal-isolante-supercondutor. Quando uma tensão é aplicada à junção, elétrons de energia mais alta (quentes) fluem para fora do metal em direção ao primeiro supercondutor, enquanto elétrons de energia mais baixa (frios) fluem para o metal vindos do segundo supercondutor.
Para evitar que quasipartículas chamadas excitons (pares elétron-lacunas), que têm alta energia relativa, voltem para o metal e atrapalhem o resfriamento, a equipe criou um "ralo para quasipartículas", uma fita de alumínio-manganês que transfere a energia dos excitons para fônons na própria fita.
O protótipo conseguiu resfriar pequenas peças, com alguns micrômetros cúbicos, de -150 millikelvin (mK) para -30 mK. Para comparação, a supergeladeira usada no detector de neutrinos Cuore atinge -10 mK.
Segundo a equipe, essa microgeladeira pode ser instalada diretamente no interior de um chip para resfriar qubits de processadores quânticos ou os sensores ultrassensíveis das câmeras usadas em telescópios.


Bibliografia:

Sub-50-mK Electronic Cooling with Large-Area Superconducting Tunnel Junctions. H. Q. Nguyen, M. Meschke, H. Courtois, J. P. Pekola, Physical Review Applied Vol.: 2, 054001. DOI:10.1103/PhysRevApplied.2.054001 http://arxiv.org/abs/1402.5872



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