Aplicações da Supercondutividade - O skate voador da Lexus

Mostrando postagens com marcador onda-d. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador onda-d. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Pesquisadores identificam novo tipo de supercondutor

 por David Nutt, Universidade de Cornell

 

 

Representação de uma rede cristalina do rutenato de estrôncio (Sr2RuO4) respondendo a várias ondas sonoras enviadas através da espectroscopia de ultrassom ressonante à medida que o material esfria através de sua transição supercondutora em 1,4 K. A deformação destacada sugere que o material pode ser um novo tipo de supercondutor. Crédito: Universidade de Cornell

 

Até agora, a história dos materiais supercondutores tem sido um conto de dois tipos: onda-s e onda-d. Agora, pesquisadores da Universidade de Cornell descobriram um possível terceiro tipo: onda-g.

Elétrons em supercondutores se movem juntos no que são conhecidos como pares Cooper. Esse "emparelhamento" dota os supercondutores com sua propriedade mais famosa — ausência de resistência elétrica — porque, para gerar resistência, os pares Cooper devem ser quebrados, e isso requer energia.

Em supercondutores de onda-s — geralmente materiais convencionais como chumbo, estanho e mercúrio — os pares de Cooper são feitos de um elétron apontando numa direção e outro apontando na direção oposta, ambos movendo-se sem nenhum momento angular líquido. Nas últimas décadas, uma nova classe de materiais exóticos exibiu o que é chamado de supercondutividade de onda-d, pelo qual os pares de Cooper têm dois quanta de momento angular.

Os físicos teorizaram a existência de um terceiro tipo de supercondutor entre esses dois: um supercondutor de onda-p, com um quanta de momento angular e os elétrons emparelhados com spins paralelos em vez de opostos. Este supercondutor seria um grande avanço para a computação quântica porque pode ser usado para criar férmions de Majorana, uma partícula única que é sua própria antipartícula.

Por mais de 20 anos, um dos principais candidatos a um supercondutor de onda-p tem sido o rutenato de estrôncio (Sr2RuO4), embora pesquisas recentes tenham fragilizado essa ideia.

Usando espectroscopia de ultrassom ressonante de alta resolução, Ramshaw e sua equipe descobriram que o material é potencialmente um tipo totalmente novo de supercondutor: onda-g.

Como nos projetos anteriores, os pesquisadores usaram espectroscopia de ressonância ultrassônica para estudar as propriedades de simetria da supercondutividade em um cristal de rutenato. No entanto, ao contrário das tentativas anteriores, encontraram um problema significativo ao tentar realizar o experimento.

Resfriar o ultrassom ressonante a 1 K é difícil, e tivemos que construir um aparelho completamente novo para conseguir isso, disse Ghosh.

Com sua nova configuração, a equipe de Cornell mediu a resposta das constantes elásticas do cristal - essencialmente a velocidade do som no material - a uma variedade de ondas sonoras à medida que o material esfriava através de sua transição supercondutor a 1,4 K.

Esse é de longe os dados de espectroscopia de ultrassom ressonante de maior precisão já tomados a essas baixas temperaturas, disse Ramshaw.

Com base nos dados, eles determinaram que o rutenato de estrôncio é o que é chamado de supercondutor de dois componentes, o que significa que a forma como os elétrons se unem é tão complexa, que não pode ser descrita por um único número, ele precisa de uma direção também.

Estudos anteriores haviam usado espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN) para reduzir as possibilidades de que tipo de material de onda poderia ser, eliminando efetivamente a onda-p como opção.

Ao determinar que o material era de dois componentes, a equipe de Ramshaw não só confirmou essas descobertas, mas também mostrou que o rutenato de estrôncio não era um supercondutor convencional de onda-s ou -d.

Mesmo que você não possa identificar todos os detalhes microscópicos com o ultrassom ressonante, você pode fazer declarações amplas sobre quais são descartadas, disse Ramshaw. Então, as únicas coisas com as quais os experimentos são consistentes são essas coisas muito, muito estranhas que ninguém nunca viu antes. Uma delas é a onda-g, que significa momento angular 4. Ninguém nunca pensou que haveria um supercondutor onda-g.

Agora, os pesquisadores podem usar a técnica para examinar outros materiais para descobrir se são potenciais candidatos a onda-p. No entanto, o trabalho sobre o rutenato de estrôncio não está concluído.

Esse material é extremamente bem estudado em muitos contextos diferentes, não apenas por sua supercondutividade, disse Ramshaw. Entendemos que tipo de metal é, por que é um metal, como ele se comporta quando você muda de temperatura, como ele se comporta quando você muda o campo magnético. Então você deve ser capaz de construir uma teoria de por que se torna um supercondutor melhor aqui do que em qualquer outro lugar.



Mais informações: 

 DOI: 10.1038/s41567-020-1032-4

www.nature.com/articles/s41567-020-1032-4

 

 

Fonte: https://phys.org/news/2020-09-superconductor.html

 

 

terça-feira, 14 de julho de 2015

Físicos mapeiam a estrutura eletrônica da supercondutividade (Physicists map electron structure of superconductivity’s ‘doppelgänger’)





Andrea Damascelli pesquisa materiais com propriedades supercondutoras. Fonte: Hogan Wong/A Ubyssey


Cientistas estão pintando um profundo quadro do ordenamento de carga em supercondutores de alta temperatura, uma auto-organização eletrônica que pode estar intrinsecamente ligada com a própria supercondutividade.
       “Tudo o que podemos aprender sobre a estrutura do ordenamento de cargas nos leva um passo mais próximo de entender como este ordenamento está entrelaçado e potencialmente compete com a supercondutividade”, diz Riccardo Comin, principal autor que conduziu a pesquisa.
Dois estudos confirmam que o ordenamento de carga forma um ‘padrão de onda d’ predominantemente unidimensional.
       O ordenamento de carga cria instabilidades em cupratos supercondutores a temperaturas maiores do que -100º C. Isso faz com que alguns elétrons se reorganizem em novos padrões estáticos periódicos que competem com a supercondutividade. A razão por trás desta competição permaneceu uma incógnita até que esses estudos demonstraram que o ordenamento de carga e a supercondutividade compartilham a mesma simetria subjacente.
       “Curiosamente, os pares de elétrons supercondutores também apresentam uma configuração chamada onda d”, diz Andrea Damascelli, líder da equipe de pesquisa. “Isso dá mais credibilidade à possibilidade de que ambos os fenômenos são irmãos alimentando uma interação comum subjacente”.
Comin e colaboradores investigaram amostras frias de óxido de cobre, ítrio e bário com raios-x e descobriram que o ordenamento de carga produz um padrão listrado, ou seja, os elétrons se auto-organizam ao longo de uma direção, em vez de em duas direções.
       “Combinadas”, diz Comin, “nossas investigações fornecem uma resolução completa da simetria do ordenamento de carga em cupratos”.





Entre em contato

Nome

E-mail *

Mensagem *

Supercondutividade ao seu alcance (clique na imagem)

Supercondutividade ao seu alcance (clique na imagem)
Nosso canal no YouTube!

Elementos supercondutores (clique na imagem)

Elementos supercondutores (clique na imagem)
Supercondutores à pressão ambiente e sobre altas pressões

Evolução da temperatura crítica (clique na imagem)

Heike Kamerlingh Onnes’s Discovery of Superconductivity

Heike Kamerlingh Onnes’s  Discovery of Superconductivity
Clique na imagem para acessar o artigo da Scientific American!

Room-Temperature Superconductivity

Room-Temperature  Superconductivity
Livro gratuito, clique na imagem para acessar!

O trem flutuante brasileiro!