Andrea Damascelli
pesquisa materiais com propriedades supercondutoras. Fonte: Hogan Wong/A
Ubyssey
Cientistas
estão pintando um profundo quadro do ordenamento de carga em supercondutores de
alta temperatura, uma auto-organização eletrônica que pode estar intrinsecamente
ligada com a própria supercondutividade.
“Tudo
o que podemos aprender sobre a estrutura do ordenamento de cargas nos leva um
passo mais próximo de entender como este ordenamento está entrelaçado e
potencialmente compete com a supercondutividade”, diz Riccardo
Comin, principal autor que conduziu a pesquisa.
Dois estudos confirmam
que o ordenamento de carga forma um ‘padrão de onda d’ predominantemente
unidimensional.
O ordenamento de carga cria instabilidades em cupratos supercondutores
a temperaturas maiores do que -100º C. Isso faz com que alguns elétrons se
reorganizem em novos padrões estáticos periódicos que competem com a supercondutividade.
A razão por trás desta competição permaneceu uma incógnita até que esses estudos
demonstraram que o ordenamento de carga e a supercondutividade compartilham a
mesma simetria subjacente.
“Curiosamente,
os pares de elétrons supercondutores também apresentam uma configuração chamada
onda d”, diz Andrea Damascelli,
líder da equipe de pesquisa. “Isso dá mais credibilidade à possibilidade de que ambos os
fenômenos são irmãos alimentando uma interação comum subjacente”.
Comin e
colaboradores investigaram amostras frias de óxido de cobre, ítrio e bário com
raios-x e descobriram que o ordenamento de carga produz um padrão listrado, ou
seja, os elétrons se auto-organizam ao longo de uma direção, em vez de em duas
direções.
“Combinadas”,
diz Comin,
“nossas
investigações fornecem uma resolução completa da simetria do ordenamento de carga
em cupratos”.
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