Aplicações da Supercondutividade - O skate voador da Lexus

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quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Primeira turbina eólica supercondutora está pronta


Redação do Site Inovação Tecnológica - 10/09/2018

Tendo passado com êxito pelos testes em laboratório, o gerador supercondutor será instalado em sua torre até o final do ano. [Imagem: EcoSwing]


A primeira turbina eólica supercondutora do mundo será instalada na costa da Dinamarca até o final deste ano. A conquista é fruto do projeto ECOSWING, financiado pela União Europeia, e promete revolucionar a indústria de energia eólica através da implantação de geradores mais leves, mais econômicos e mais potentes.
Já testada com sucesso no laboratório, o teste de campo da turbina baseada em materiais sem resistência à corrente elétrica abrirá caminho para a implantação comercial da tecnologia na próxima geração de turbinas multimegawatts.
O protótipo é capaz de produzir cerca de 3 MW (megawatts) de eletricidade impulsionado por apenas duas pás.
A grande estrela da tecnologia é o gerador, que usa supercondutores de ‘alta temperatura’ - alta em relação aos primeiros supercondutores, que funcionavam perto do zero absoluto. Pesando 40% menos do que os geradores convencionais, a máquina de última geração requer menos material em sua fabricação e é mais econômica para construir, transportar e instalar.
“O consórcio ECOSWING teve sucesso no projeto, desenvolvimento e construção do primeiro gerador eólico supercondutor de múltiplos megawatts em escala real. Essa demonstração em um ambiente operacional real lançará as bases para um produto revolucionário que mudará a maneira como as turbinas eólicas operam e vai expandir muito o setor de energia eólica,”
disse Jürgen Kellers, que chefiou o projeto, um esforço que envolveu nove parceiros industriais e acadêmicos.
       Os geradores eólicos atuais funcionam como um dínamo tradicional, com ímãs permanentes rotativos dentro de um conjunto de bobinas de cobre. A rotação cria um campo magnético variável nas bobinas, o que gera uma corrente elétrica.
       No gerador supercondutor, os ímãs são substituídos por eletroímãs, bobinas de uma fita cerâmico-metálica que se torna supercondutora sob condições extremamente frias, obtidas pela contenção das bobinas dentro de um tambor de vácuo super-resfriado com uma pequena quantidade de gás criogênico.
       Nessa temperatura ultrafria, a eletricidade passa através das bobinas com quase nenhuma resistência, permitindo fluxos de energia 100 vezes maiores do que nos geradores comuns.
       A ausência de resistência elétrica significa que muito menos material, incluindo valiosos metais de terras raras, é necessário para fabricar um gerador supercondutor de alta temperatura para obter a mesma energia, resultando em reduções substanciais de custo e peso.
       Estas vantagens permitirão que as turbinas eólicas supercondutoras sejam fabricadas em escala maior. A equipe ECOSWING prevê futuros geradores supercondutores produzindo 10 MW ou mais.




terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Primeiro magneto supercondutor portátil





O ímã supercondutor portátil deverá inaugurar uma nova era para os motores elétricos. [Imagem: Difan Zhou et al. - 10.1063/1.4973991]


Engenheiros da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, construíram um magneto supercondutor portátil.
Embora a supercondutividade venha sendo usada em grandes experimentos, como no LHC, ou mesmo em equipamentos de laboratório do tamanho de uma sala, não era possível tirar proveito dela em equipamentos realmente pequenos.
O novo dispositivo portátil substitui com muitas vantagens os grandes ímãs permanentes convencionais - o protótipo alcançou um campo magnético de 3 teslas, o que é excepcional para suas dimensões.
O professor John Durrell conta que o trabalho da sua equipe se baseou nas descobertas recentes do físico Roy Weinstein, da Universidade de Houston, nos EUA, que mostrou como os eletroímãs convencionais e a magnetização por campo pulsado podem ser usados para ativar campos magnéticos supercondutores que são ‘capturados’ e sustentados como parte de um arranjo supercondutor.
Isso evita a necessidade de grandes e caros ímãs supercondutores para ‘ativar’ o sistema, permitindo construir um dispositivo portátil.
As possibilidades de uso do ímã supercondutor portátil são enormes, como sistemas menores e mais baratos de ressonância magnética para uso em hospitais de menores recursos.
“O interesse óbvio nisso é que você pode usá-lo para construir um motor menor e mais leve,” disse Durrel.


Bibliografia:
A portable magnetic field of >3 T generated by the flux jump assisted, pulsed field magnetization of bulk superconductors. Difan Zhou, Mark D. Ainslie, Yunhua Shi, Anthony R. Dennis, Kaiyuan Huang, John R. Hull, David A. Cardwell, John H. Durrell. Applied Physics Letters. Vol.: 110, Issue 6
DOI: 10.1063/1.4973991.


A significant advantage for trapped field magnet applications - A failure of the critical state model. Roy Weinstein, Drew Parks, Ravi-Persad Sawh, Keith Carpenter, Kent Davey. Applied Physics Letters. Vol.: 107, Issue 15. DOI: 10.1063/1.4933313.




terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Criado na China o centro de pesquisa Russo-Chinês de prótons supercondutores (Russian-Chinese center for superconducting proton research set up in China)





Um centro russo-chinês para a pesquisa de prótons supercondutores, foi criado na cidade chinesa de Hefei com a participação do Joint Institute for Nuclear Research (sediada em Dubna, perto de Moscou).
“A China e a Rússia cooperam na pesquisa sobre fusão nuclear há mais de 30 anos, e a parceria entre os dois países neste campo tem crescido constantemente”, afirma Kuang Guangli, diretor do Instituto de Física de Plasma da Academia Chinesa de Ciências.
Guangli afirmou que nos próximos três anos, os engenheiros do centro pretendem desenvolver o primeiro dispositivo médico na China para o tratamento de câncer e outras doenças graves. Em consonância com os acordos assinados, em 2017 a China vai desenvolver os principais sistemas e peças para o novo dispositivo médico e, em 2018 especialistas dos dois países vão fazer os primeiros testes.
O uso de terapia de radiação e quimioterapia no tratamento do câncer mata não apenas as células cancerosas, mas também grandes números de células saudáveis.
O uso de prótons de alta energia e de íons pesados ​​tornará possível atingir diretamente o tumor sem danificar os sistemas saudáveis ​​do corpo humano. Vários países do mundo investigam esse tema nos dias atuais.
O Joint Institute for Nuclear Research é um dos líderes no desenvolvimento deste tipo de equipamento médico. O instituto é uma organização de pesquisa científica internacional estabelecido através da Convenção assinada em 26 de março 1956 por onze Estados e registrado com as Nações Unidas em 1 de Fevereiro de 1957. Ele está situado em Dubna, não muito longe de Moscou.



quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Um receptor supercondutor para comunicação óptica a partir da Lua (A superconducting photon-counting receiver for optical communication from the Moon)



As explorações e missões da Nasa exigem taxas de dados maiores do que aquelas atualmente disponíveis. A Deep Space Network (Rede do Espaço Profundo) - um sistema de comunicação internacional para apoiar missões de naves espaciais - utiliza a tecnologia mais atual de rádio frequência (RF) para redes de espaço livre (aquelas que transmitem dados através do espaço em vez de usar estruturas sólidas como cabos de fibra óptica). Uma rede de comunicações de espaço livre com base na tecnologia óptica oferece taxas de dados que são ordens de grandeza maior do que a RF. Além disso, é menor e mais leve, uma característica particularmente importante para os terminais de satélite carentes de recursos de energia.
Para explorar estas vantagens, a Nasa vem trabalhando em demonstrações laboratoriais para um sistema real, o Lunar Laser Communication Demonstration (LLCD). O projeto inclui um terminal óptico no espaço, o Lunar Lasercom Space Terminal (LLST)1 (Figura 1), lançado como uma carga no Lunar Atmosphere and Dust Environment Explorer (Ladee), e um terminal ​​de chão transportável, o Lunar Lasercom Ground Terminal (LLGT)2.
O LLST lançado em 07 de setembro de 2013 atingiu 250 km em órbita acima da superfície lunar no início de outubro. Durante o mês seguinte, foram estabelecidas comunicações livres de erros entre o LLST e o LLGT. Este link de comunicação a laser de 230.000 km foi o mais longo já construído, e demonstrou as taxas de comunicação de dados mais altas atingidas de ou para a Lua. Além disso, o sistema utiliza símbolos de dados estruturados e hardware adicional para conseguir medições contínuas do tempo de voo de ida e volta com resolução bem menor do que 200 ps3.


  
Figura 1. (a) Módulo óptico do Lunar Lasercom Space Terminal. (b) Módulo óptico montado na nave espacial Lunar Atmosphere and Dust Environment Explorer.


A luz do LLST foi recolhida em quatro telescópios de 40 centímetros no terminal LLGT localizado no Novo México. Cada telescópio foi acoplado a uma fibra personalizada que mantém a polarização que foi então concentrada em um conjunto de quatro nanofios supercondutores de nitreto de nióbio (NbN) detectores de um único fóton (superconducting nanowire single-photon detectors - SNSPDs). Tais detectores são baseados em supercondutores que operam abaixo das suas temperaturas críticas com uma corrente constante logo abaixo da corrente crítica. Quando um único fóton é absorvido no nanofio, a corrente supercondutora é interrompida e resulta numa resistência finita que pode ser medida como um pulso de tensão na saída antes do nanofio relaxar rapidamente ao seu estado supercondutor. Os SNSPDs estão disponíveis desde 2001,4 mas para o programa LLCD, alguns avanços foram necessários para atingir a alta eficiência do sistema de detecção de fótons (PDE) e baixos tempos de reposição para suportar a taxa de dados de 622 Mb/s.5
A concepção e construção de cavidades ópticas também foi modificada para melhorar a absorção de fótons e o PDE,6 bem como a concepção de matrizes intercaladas para aumentar as taxas de contagem.7 Os dispositivos de nanofios foram fabricados usando a litografia por feixe de elétrons em filmes de NbN cultivados em substratos de silício/dióxido de silício. Os nanofios formaram um padrão circular de 14 μm de diâmetro, com quatro nanofios intercalados, que foram colocados em uma cavidade óptica (veja Figura 2) para alcançar um PDE de 75%. As matrizes SNSPD foram mantidas a uma temperatura de 2.7 K em uma de duas fases do ciclo (ver Figura 3). Os estágios eletrônicos10 foram alojados em prateleiras ao lado do sistema criogênico, e todos foram alojados remotamente a partir de telescópios ligados por fibra personalizada.


Figura 2. (a) Micrografia eletrônica de varredura do padrão intercalado dos nanofios supercondutores detectores de um único fóton (SNSPD). (b) Perfil esquemático da matriz SNSPD e da cavidade óptica. Si: silício. SiO2: dióxido de silício.



  
Figura 3. Topo: O Lunar Lasercom Ground Terminal (LLGT) em White Sands, no Novo México. Canto inferior direito: O refrigerador criogênico montado para as quatro matrizes SNSPD. Canto inferior esquerdo: sistema criogênico de processamento de sinais eletrônicos.


Em resumo, o LLCD alcançou uma taxa de transmissão de dados livre de erros de 622 Mb/s entre o terminal LLST em um satélite em órbita lunar e o terminal LLGT na Terra usando um receptor de um único fóton de nanofios supercondutores de NbN. Esta demonstração constituiu o elo de comunicação a laser de maior alcance já construído e as taxas de dados de comunicação mais altas atingidas de ou para a Lua. Com base no sucesso do LLCD, a Nasa está preparando a implantação de terminais ópticos de comunicações a laser para operações espaciais.



Matthew Grein, Eric Dauler, Andrew Kerman, Matthew Willis, Barry Romkey, Bryan Robinson, Daniel Murphy, Don Boroson
Instituto de Tecnologia de Massachusetts
Laboratório Lincoln
Lexington, MA


Referências

1. B. S. Robinson, D. M. Boroson, D. A. Burianek, D. V. Murphy, Overview of the Lunar Laser Communications Demonstration, Proc. SPIE 7923, p. 792302, 2011. doi:10.1117/12.878313
2. D. Fitzgerald, Design of a transportable ground telescope array for the LLCD, presented at SPIE Photonics West, San Francisco, CA, 2011.
3. D. M. Boroson, B. S. Robinson, D. V. Murphy, D. A. Burianek, F. Khatri, J. M. Kovalik, Z. Sodnik, D. M. Cornwell, Overview and results of the lunar laser communication demonstration, Proc. SPIE 8971, p. 89710S, 2014. doi:10.1117/12.2045508
4. G. N. Gol'tsman, O. Okunev, G. Chulkova, A. Lipatov, A. Semenov, K. Smirnov, B. Voronov, A. Dzardanov, C. Williams, R. Sobolewski, Picosecond superconducting single-photon optical detector, Appl. Phys. Lett. 79, p. 705-707, 2001.
5. A. J. Kerman, E. A. Dauler, J. K. W. Yang, K. M. Rosfjord, V. Anant, K. K. Berggren, Constriction-limited detection efficiency of superconducting nanowire single-photon detectors, Appl. Phys. Lett. 90, p. 101110, 2007.
6. K. M. Rosfjord, J. K. W. Yang, E. A. Dauler, A. J. Kerman, V. Anant, B. M. Voronov, G. N. Gol'tsman, K. K. Berggren, Nanowire single-photon detector with an integrated optical cavity and anti-reflection coating, Opt. Express 14, p. 527-534, 2006.
7. E. A. Dauler, B. S. Robinson, A. J. Kerman, J. K. W. Yang, K. M. Rosfjord, V. Anant, B. Voronov, G. Gol'tsman, K. K. Berggren, Multi-element superconducting nanowire single-photon detector, IEEE Trans. Appl. Supercond. 17, p. 279-284, 2007.
8. A. J. Kerman, J. K. W. Yang, R. J. Molnar, E. A. Dauler, K. K. Berggren, Electrothermal feedback in superconducting nanowire single-photon detectors, Phys. Rev. B 79, p. 100509, 2009.
9. A. J. Kerman, D. Rosenberg, R. J. Molnar, E. A. Dauler, Readout of superconducting nanowire single-photon detectors at high count rates, J. Appl. Phys. 113, p. 144511, 2013.
10. M. E. Grein, A. J. Kerman, E. A. Dauler, O. Shatrovoy, R. J. Molnar, D. Rosenberg, J. Yoon, et al., Design of a ground-based optical receiver for the Lunar Laser Communications Demonstration, Proc. Int'l Conf. Space Opt. Syst. Appl., p. 78-82, 2011.



segunda-feira, 13 de julho de 2015

Usando nióbio e tântalo em produtos supercondutores (Using Niobium and Tantalum in Superconducting Products)




A empresa H.C. Starck oferece hastes e folhas de tântalo e nióbio para a fabricação de fios supercondutores de baixa temperatura, onde resfriamento criogênico é necessário para manter o material abaixo da temperatura crítica.
       A empresa também fornece serviços de extrusão de feixes de fios de grande diâmetro para atender os requisitos dos clientes. Tântalo (Ta) e nióbio (Nb) apresentam propriedades especiais, que os tornam uma opção adequada para várias aplicações com supercondutores:

    - Aceleradores de partículas
    - Equipamentos médicos (RMN e RMI)
    - Levitação magnética
    - Equipamentos de pesquisa em fusão nuclear
    - Espectroscopia de massa

As folhas e as hastes de tântalo e nióbio da H.C. Starck têm sido usadas ​​em projetos científicos de grande escala para desenvolver reatores de fusão para produção de energia limpa e em grandes experimentos de acelerador de partículas. Os supercondutores são críticos para estes experimentos que envolvem a suspensão e controladores de plasmas de alta energia.
       Durante a produção do fio supercondutor, é tomado cuidado para garantir que as hastes e as folhas tiveram sua composição química, propriedades mecânicas e rugosidade de superfície, rigorosamente controladas. Isto é importante para permitir um melhor processamento e ajuda a alcançar um fio supercondutor de alta qualidade.
       As folhas são frequentemente utilizadas como uma barreira de difusão entre o estanho e cobre, e as hastes são usadas principalmente para a produção de fios supercondutores de Nb3Sn. Estes fios são usados ​​em aplicações de alto campo magnético.
       O tântalo é usado principalmente em supercondutores para criar uma barreira de difusão confiável e estável entre a matriz de estanho e cobre. Essa barreira de difusão começa como uma folha de tântalo, cuja largura é reduzida para apenas uma fração da sua largura original durante o curso do processo de estiramento.
       Cuidados devem ser tomados para assegurar que a camada de tântalo não seja danificada e não deve haver qualquer contato direto entre o estanho e cobre. Esta é a razão pela qual a qualidade original da superfície, a uniformidade de espessura, as propriedades mecânicas e a microestrutura tem uma grande importância. Se essas propriedades não são controladas adequadamente, isso resultaria em pobres propriedades magnéticas, rendimentos reduzidos e vários outros efeitos indesejados.
       As propriedades do nióbio são tão importantes quanto as do tântalo, mas por razões ligeiramente diferentes. Este é o lugar onde a H.C. Starck se destaca. A empresa desenvolveu processos que facilitam o controle rigoroso de todas as propriedades e parâmetros chave. A H.C. Starck continua a fazer avanços na otimização das propriedades mecânicas ou microestruturais em suas instalações.
       A Figura 1 mostra o mapa EBSD e o pólo de hastes de nióbio em seção transversal.

 
Figura 1. Mapa EBSD e pólo das hastes de nióbio em secção transversal


As especificações das hastes de nióbio e tântalo são:
    - Controle microestrutural
    - Em conformidade com a norma ASTM B392 (Nb) e B365 (Ta)
    - Propriedades mecânicas e químicas consistentes
    - Comprimento máximo: 2,5 a 7,5 m
    - Diâmetros: 10 a 100 mm

As especificações das folhas de nióbio e tântalo são:
    - Química consistente
    - Excelente qualidade de superfície
    - Propriedades mecânicas sintonizados com as necessidades dos clientes
    - Em conformidade com a norma ASTM B393 (Nb) e B708 ​​(Ta)
    - Folha: 0,25 a 2,5 milímetros de espessura, até 1m de largura
    - Outras dimensões podem ser disponibilizadas mediante pedido


H.C. Starck presta serviços de extrusão para produção de fios supercondutores de baixa temperatura (Figura 2). A prensa de 5,500 mt é integrada com controles avançados para reduções ótimas e controle dimensional preciso. A alta tonelagem leva a propriedades excelentes dos fios e melhores rendimentos.



Figura 2. Tarugo para extrusão


O tarugo para extrusão opera sob as seguintes condições:
    - Temperatura de extrusão: vasta gama, atmosfera controlada
    - Força de pressão: 5500 toneladas
    - Diâmetro do tarugo de entrada: 152 a 432 milímetros (6-17 ")

Tântalo e nióbio são materiais supercondutores de baixa temperatura que continuarão sendo utilizados em aceleradores de partículas grandes e poderosos.
       Para obter mais informações visite o site da H.C. Starck.



sábado, 11 de julho de 2015

Aplicação de supercondutor de alta temperatura produz maior campo magnético do mundo (Application of high-temperature superconductor yields world's highest magnetic field)



Uma parte do sistema recentemente desenvolvido, um RMN de 1020 MHz equipado com ímãs supercondutores (5 m de altura e 15 toneladas). Hélio líquido é utilizado para a refrigeração.


Uma equipe de pesquisadores japoneses desenvolveu com sucesso um sistema de ressonância magnética nuclear (RMN de 1.020 MHz), equipado com o maior campo magnético do mundo. A equipe confirmou o seu desempenho consideravelmente melhorado em comparação com sistemas convencionais de RMN em termos de sensibilidade e resolução.
        Sistemas RMN são usados para vários fins, incluindo a análise conformacional 3D de biopolímeros como proteínas, química orgânica e pesquisa de materiais. Em particular, é uma das ferramentas indispensáveis ​​para o desenvolvimento de novas drogas. No desenvolvimento de uma nova droga, é vital a compreensão de uma forma rápida e precisa das estruturas da proteína. Nessa visão, melhorar o desempenho dos sistemas RMN é de grande importância. A intensidade do campo magnético é um indicador chave do desempenho dos sistemas RMN. Não havia concorrência para desenvolver sistemas RMN com campos magnéticos superiores a 1.000 MHz. Durante muito tempo, esperava-se amplamente que a utilização de supercondutores de alta temperatura permitiria a produção de campos magnéticos acima de 1000 MHz. No entanto, como supercondutores de alta temperatura possuem problemas de fragilidade e processabilidade, nenhuma das partes tinha alcançado seu uso prático por um longo tempo.
        Através do desenvolvimento de várias novas tecnologias, incluindo a produção de fios com supercondutores de alta temperatura desenvolvida pela NIMS, a equipe de pesquisa criou recentemente o sistema RMN equipado com o campo magnético mais alto do mundo em 1020 MHz. Antes de alcançar esta conquista, a equipe passou 20 anos de planejamento, projeto e construção, bem como a superação de muitas dificuldades, como a suspensão do projeto.
        É esperado que o campo magnético extremamente alto contribua grandemente em vários campos de pesquisa como a biologia estrutural, a química analítica e a engenharia de materiais. Além disso, considerando que a RMN requer um campo magnético com extraordinária precisão, a tecnologia de supercondutores de alta temperatura desenvolvida para o RMN é aplicável a vários sistemas de alta tecnologia, como a fusão nuclear, trens de motor e cabos de alimentação.






sexta-feira, 10 de julho de 2015

Bobinas supercondutoras estimulam avanços na terapia de feixe de prótons (Superconducting Coils Spur Advances in Proton Beam Therapy)



Um acelerador supercondutor de prótons do MIT está diretamente ligado à cabeça da torre do PRONOVA para a terapia de radiação com feixe de prótons (PBRT - proton beam radiation therapy). A grande redução no tamanho do acelerador permite o tratamento de um ou dois ambientes, reduzindo o preço e melhorando a comodidade do PBRT em pacientes com câncer.


Para muitos tipos diferentes de câncer entre os pacientes de vários grupos etários, a terapia de radiação com feixe de prótons (PBRT- proton beam radiation therapy) é uma alternativa desejável em relação a outros tipos de terapia que usam radiação. Na PBRT, os aceleradores liberam feixes de prótons de alta energia para irradiar tumores cancerígenos. Um feixe de prótons pode ser apontado diretamente para o tumor, poupando da radiação o tecido saudável circundante.
       Com apenas 14 clínicas nos EUA, a PBRT não está disponível para todos os que se qualificam. Por mais de 10 anos, cientistas do Plasma Science and Fusion Center (PSFC) no MIT pesquisaram novos projetos para reduzir os custos de máquinas PBRT em clínicas de tratamento de câncer em todo o mundo.
       Em 2008, uma equipe do PSFC projetou um equipamento leve e compacto, substituindo bobinas eletromagnéticas de cobre com variedades supercondutoras. Bobinas supercondutoras são arrefecidas a baixas temperaturas a fim de reduzir a resistividade do material. O uso de materiais supercondutores permite fabricar bobinas menores com menos espiras e gerar campos magnéticos elevados, diminuindo o peso total do acelerador.
       O novo design pode ser colocado diretamente sobre a cabeça da torre que direciona o feixe de prótons em tumores. O projeto do MIT substitui o enorme tamanho do antigo sistema que exigia uma sala separada para o equipamento e outra para o paciente.
       Agora, a equipe reduziu ainda mais o tamanho e o peso do sistema, eliminando pesados componentes de ferro. Os supercondutores vão substituir uma viga de ferro no centro da lacuna de aceleração, o que aumenta o campo magnético estático e mantém os prótons num movimento em espiral no plano da aceleração. Bobinas supercondutoras também substituirão uma junção de ferro que contém o campo magnético interno e protege o equipamento no exterior.
       O ferro atinge a saturação magnética em cerca de 2 Tesla. Com a substituição por eletroímãs supercondutores, a equipe pode chegar a campos magnéticos mais altos com uma fonte de alimentação inferior. O design irá também proporcionar um maior controlo sobre a intensidade do feixe, que pode ser controlado alterando a corrente fornecida às bobinas. Isso permitirá aos médicos aumentarem ou diminuírem a intensidade para correlacionar com diferentes profundidades e densidades do tumor.
       Os pesquisadores do PSFC tem outras expectativas para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de aceleradores de prótons para tratamento de câncer. Ao aumentar o campo magnético sem restaurar a uma fonte de alta tensão, a equipe espera ser capaz de acelerar outros íons pesados ​​a altas velocidades. Por exemplo, íons de carbono podem ser mais eficazes para o tratamento do câncer do que prótons de luz.





quinta-feira, 9 de julho de 2015

O que é a supercondutividade e quando teremos trens levitando e energia elétrica ilimitada? (What is superconductivity, and when will we all get maglev trains and unlimited electrical power?)






A supercondutividade é um desses conceitos - como o spin do elétron ou a dilatação do tempo - que parece um tanto esotérico, mas que, se dominado por meio da tecnologia, pode revolucionar o mundo. É um fenômeno utilizado em várias aplicações, mas a capacidade de criá-lo em ambientes menos hospitaleiros poderia ser a chave para trazer muitos dos sonhos de ficção para a realidade.
       Simplificando, a supercondutividade é a propriedade de resistência nula ao movimento dos elétrons. Isto significa que se nós bombearmos um pouco de eletricidade em um loop supercondutor fechado, esse ciclo manteria sua carga eternamente. Os elétrons nunca perderiam sua energia por resistência, interferência magnética ou calor.
       Contudo, há um grande problema: todos os supercondutores conhecidos atualmente tem que ser ativamente mantidos nesse estado, ou seja, devemos mantê-los abaixo de uma determinada temperatura, e muitas vezes complementar isso aplicando um campo magnético. Os limites de temperatura são incrivelmente baixos, e, portanto, incrivelmente caros de manter. O alumínio, por exemplo, tem um limite de 1,2 K, ou -271,95 °C.


Uma amostra do material supercondutor: óxido de cobre, bismuto, cálcio e estrôncio (BSCCO-2223 - Bi2Sr2Ca2Cu3O10+x)


A física envolvida ou é muito simples ou bastante complexa, dependendo do material. Em metais puros ou ligas de metais simples, a supercondutividade acontece, basicamente, quando os átomos do material são resfriados ao ponto em que os elétrons não são espalhados à medida que se movem através do metal. Materiais mais complexos, alguns dos quais podem atingir a supercondutividade acima de temperaturas criogênicas, tem a ver com interações transientes entre pares de elétrons. Isto significa que o loop infinito só pode existir se nós gastarmos quantidade significativa de energia para manter o loop no estado supercondutor.
       As aplicações atuais dos supercondutores são todas limitadas por seus requisitos de temperatura. Máquinas de ressonância magnética são incrivelmente caras, em grande parte porque exigem substâncias exóticas como o hélio líquido para resfriar as bobinas ao ponto em que elas devem conduzir eletricidade suficiente para criar fortes campos magnéticos necessários para reorientar as moléculas do corpo humano. Grande parte da despesa do Large Hadron Collider vem da mesma fonte. Até a investigação sobre o uso da energia da fusão nuclear está sendo retardada pela despesa e dificuldade de criar enormes plataformas magnéticas para o confinamento do plasma.


Primeiro cabo supercondutor do mundo.


É por isso que o Santo Graal não é a supercondutividade, mas a supercondutividade de alta temperatura ou à temperatura ambiente. O limiar de “alta temperatura” é tecnicamente em torno de 30K para supercondutores convencionais. Se pudéssemos arrefecer um material supercondutor a 29K com facilidade, então 29K seria uma temperatura elevada para os nossos propósitos.
       Com material supercondutor acessível e prático o suficiente, podemos enviar nossos elétrons através do Atlântico. Poderíamos transformar linhas de trânsito municipais em trens-bala de levitação magnética. Hospitais poderiam ter mais aparelhos de ressonância magnética. Em geral, poderia permitir a aplicação em grande escala de tecnologias anteriormente possível apenas em pequena escala, ou em laboratórios especiais bem financiados.


Trens maglev seriam a escolha lógica em quase todos os casos, se não fossem proibitivamente tão caros.


Atualmente não estamos nem perto desses limites. Os melhores supercondutores já criados, os cupratos, demandam refrigeração a -140 °C, e são difíceis e caros de produzir. Isso não quer dizer que não tenha havido sucesso. Considerando a eficiência elétrica simples, que representa uma perda de cerca de 6% na transmissão de energia, a cidade alemã de Essen recentemente instalou um cabo supercondutor de quilômetros de extensão para a transferência de energia da rede. Este cabo utiliza nitrogênio líquido para atingir uma temperatura de funcionamento de 60K, ou -206 °C. O uso de nitrogênio líquido para resfriamento faz com que seja pelo menos um pouco acessível, mas precisamos melhorar muito para começar a pensar em substituir a infraestrutura elétrica de todo o mundo.


Um diagrama do funcionamento interno do cabo supercondutor em Essen, Alemanha.

  
       A supercondutividade é uma importante área de pesquisa para acadêmicos e cientistas industriais, mas é provável que uma solução seja encontrada primeiro no quadro negro e depois no laboratório.




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