Cientistas do CERN
estão testando uma ideia para equipar futuras naves espaciais com um campo de
força Star Trek, para proteger os
astronautas de raios cósmicos. Foto: Terry Virts trabalha
fora da Estação
Espacial Internacional (ISS) em sua terceira viagem espacial. Fonte: NASA via Getty Images
O espaço é um
lugar frio, escuro e cheio de radiação que pode, literalmente, fritar seu
cérebro se você for temerário o suficiente para aventurar-se sem a proteção
adequada. Esta é uma das principais preocupações das agências espaciais,
incluindo a NASA, que está planejando lançar
missões tripuladas a Marte e além nas próximas décadas.
Os cientistas
do CERN estão trabalhando em uma ideia
para equipar futuras naves espaciais com um campo de força que irá protegê-los
dos raios cósmicos mortais. Os raios cósmicos são feitos de partículas
eletricamente carregadas de alta velocidade emergentes de todas as direções no
espaço. Estudos recentes em
ratos mostraram que a exposição a esses raios pode causar danos cerebrais e
deteriorar a função cognitiva.
A vida na Terra
é protegida contra estes raios pela magnetosfera do planeta, que atua como um
cobertor, bloqueando a radiação nociva. No entanto, os astronautas que se
aventuram além do campo magnético do planeta - a Marte, por exemplo, - serão
continuamente bombardeados com raios cósmicos de alta energia que pode, além de
danos ao cérebro, provocar um aumento significativo na probabilidade de vários
tipos de cânceres.
Como resultado,
missões de exploração a outros planetas só serão possíveis se for
encontrada uma solução eficaz para os astronautas se protegerem adequadamente.
Em um comunicado divulgado recentemente, uma equipe de cientistas do CERN que trabalha com o projeto Space Radiation Superconducting Shield (SR2S), um
esforço colaborativo financiado pela União
Europeia, divulgaram que estão testando se bobinas supercondutoras feitas a
partir de diboreto de magnésio (MgB2) - um composto binário de baixo
custo - pode ser usado para criar uma tecnologia de blindagem magnética para
naves espaciais.
“No âmbito deste projeto, o CERN
está testando fitas de diboreto de magnésio (MgB2) em uma
configuração que foi desenvolvida especificamente para o projeto SR2S”,
disse a cientista do CERN Amalia
Ballarino no comunicado. “Se a bobina protótipo que
será usada no teste produzir resultados bem sucedidos, vamos ter contribuído com
informações importantes para a viabilidade do escudo magnético supercondutor”.
Uma vez que supercondutores
podem conduzir eletricidade com resistência zero, eles podem transportar
corrente indefinidamente sem perder energia. Além disso, como todas as
partículas carregadas em movimento geram um campo magnético, este fenômeno pode
ser utilizado para criar uma cobertura de magnetosfera artificial em torno de
uma nave espacial que proteja de radiação nociva aqueles que estão a bordo.
A má notícia é
que, ao contrário do USS Enterprise,
esses campos de força não serão de muita utilidade contra um ataque concertado
por alienígenas hostis.
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