A Skunk Works, divisão de tecnologia
experimental da empresa aeroespacial americana Lockheed Martin, tem trabalhado
em um novo design de reator de fusão nuclear que pode, segundo seus criadores,
revolucionar a geração de energia global em dez anos.
O equipamento
tem o tamanho de um motor de jato, e poderia ser utilizado em aviões, naves
espaciais, navios e abastecer cidades inteiras, com as dimensões apropriadas.
A busca por um
reator de fusão nuclear, mesmo processo observado no interior de estrelas, como
o Sol, tem mantido cientistas das maiores empresas do ramo ocupados há anos. O
grande problema desse equipamento, que poderia gerar energia limpa e constante,
é que os projetos atuais exigem muita energia para manter o núcleo estável, tornando-os
ineficientes.
O desenho mais
popular atualmente se originou na União Soviética, e é conhecido como Tokamak.
Uma instalação de testes baseada nesse modelo está sendo construída na França,
e exemplifica os desafios de engenharia encontrados para implementar essa
tecnologia – com instalações enormes e produtividade suficiente apenas para uma
escala experimental.
Segundo o chefe
da divisão da Lockheed Martin responsável, o novo reator de fusão nuclear
portátil utiliza um design tubular, protegido por campos magnéticos gerados por
imãs supercondutores, que suportaria mais plasma em seu interior – uma das
limitações centrais desse tipo de equipamento.
O design do reator de fusão nuclear da Lockheed Martin
Por causa dessa incapacidade de reter plasma, os
reatores do tipo Tokamak exigem estruturas enormes, como é o caso do já citado
Reator Experimental Termonuclear Internacional, que deve ser concluído em 2016.
“Gostaríamos de ter um protótipo em cinco gerações. Se
conseguirmos manter nosso plano de fazer uma geração de design-teste a cada
ano, estamos a cinco anos [desse protótipo], e já mostramos que podemos fazer
isso no laboratório”, diz o Dr. Thomas McGuire, chefe da divisão
encarregada do projeto.
Depois que esse
protótipo comprovasse as conclusões de sua equipe, segundo McGuire, em mais
cinco anos a humanidade teria seu primeiro reator de fusão nuclear
comercialmente viável. Em outras palavras, teríamos nossos próprios Sóis
portáteis, capazes de fornecer energia limpa para um futuro mais sustentável.
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