Este
filme fino à base de ferro conduz eletricidade a 35 °C acima do zero absoluto,
sem a necessidade de dopagem.
Pesquisadores no Japão descobriram uma transição para
o estado supercondutor em um filme fino de ferro e selênio a uma temperatura
muito acima do zero absoluto, um potencial ganho para o campo da
supercondutividade.
Eles também
conseguiram desvendar o mecanismo pelo qual isto ocorre: a acumulação de elétrons
em uma densidade extremamente elevada sobre a superfície da película. A alta
temperatura no qual a transição ocorre, -238 °C ou 35 °C acima do zero absoluto,
amplia a gama de possíveis experiências e das aplicações em supercondutividade.
Além disso, os pesquisadores
mostraram que o filme de seleneto de ferro de aproximadamente dez nanômetros de
espessura exibe uma temperatura de transição de 35 K, quatro vezes maior que a
temperatura para o mesmo tipo de película com uma espessura de 110 nm.
“Nós usamos um transistor de camada dupla com
uma tensão de 5,5 V aplicados em filmes finos epitaxiais de FeSe para induzir o
estado supercondutor”, disse Hidenori
Hiramatsu, co-autor da pesquisa.
“Descobrimos que os elétrons tinham se acumulado
a um nível muito elevado no canal FeSe, o que causou a transição de alta
temperatura para a supercondutividade. O fato de filmes finos de FeSe mudarem
de isolante para supercondutor a 35 K significa que podemos examinar a indução
de supercondução sem ter que realizar a dopagem com impurezas, que podem
degradar a estrutura do material e os portadores de carga”, afirma o
principal autor do estudo, Kota Hanzawa.
“Nós agora devemos ser capazes de determinar a
mais alta temperatura absoluta em que a transição para a supercondutividade
pode ocorrer. Isso pode beneficiar pesquisas e aplicações em todo o nosso campo”.
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