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domingo, 22 de fevereiro de 2015

Pesquisadores observam pela primeira vez o análogo do bóson de Higgs em supercondutores (Researchers first to observe Higgs boson analogue in superconductors)



Um gráfico mostra traços de partículas fruto de uma colisão próton-próton no Large Hadron Collider, em 2012. O evento mostra características esperadas do Modelo Padrão para o decaimento do bóson de Higgs em um par de fótons. Uma análise mais aprofundada de colisões feitas em 2011 e 2012 encontrou evidências de que o Higgs também decai em férmions, de acordo com um novo estudo publicado na revista Nature Physics. Crédito: CERN


Uma equipe de pesquisadores liderada por físicos israelenses e alemães afirmam ter observado pela primeira vez evidências do bóson de Higgs em materiais supercondutores.
        Ao contrário das megacaras instalações do CERN - 4,75 bilhões de dólares - estes resultados, apresentados na Nature Physics, foram obtidos através de experimentos realizados em um laboratório regular de custo relativamente baixo.
        “Assim como os experimentos do CERN revelaram a existência do bóson de Higgs em um acelerador de alta energia, temos revelado agora um análogo do bóson de Higgs em supercondutores”, diz o Prof. Aviad Frydman, membro do Departamento de Física da Universidade Bar-Ilan, que dirigiu o estudo em conjunto com o Prof. Martin Dressel, da Universidade de Stuttgart, como parte de uma colaboração internacional que incluiu também outras equipes de Israel, Índia e Estados Unidos.
        Frydman explica que a nova descoberta traz a busca pelo bóson de Higgs de volta à sua fonte. “Ironicamente, enquanto a discussão sobre o ‘elo perdido’ do Modelo Padrão foi inspirada pela teoria dos supercondutores, o modo de Higgs nunca foi observado em supercondutores devido a dificuldades técnicas. Dificuldades que nós conseguimos superar”.
        Frydman e seus colegas descrevem um novo método para a realização dos experimentos: “A alta energia necessária para excitar um modo de Higgs em supercondutores tende a quebrar os pares de elétrons que são as cargas básicas do material. Isso leva a um rápido decaimento em pares partícula-buraco, e suprime a natureza supercondutora do material. Nós resolvemos esse problema usando filmes supercondutores ultrafinos desordenados de nitrito de nióbio (NbN) e óxido de índio (InO) próximo ao ponto crítico supercondutor-isolante - um estado em que a teoria recente prevê que um rápido decaimento de Higgs deixaria de ocorrer. Isso criou as condições para excitar um modo de Higgs a energias relativamente baixas”.




        De acordo com Frydman, a observação do mecanismo de Higgs em supercondutores é significativa porque revela como um único tipo de processo físico se comporta sob condições de energia drasticamente diferentes. “Excitar o modo de Higgs em um acelerador de partículas exige níveis de energia enormes - medido em giga elétrons-volt”, diz Frydman. “Em supercondutores, o fenômeno ocorre em uma escala de energia completamente diferente - apenas um milésimo de um único elétron-volt. Interessante é ver como, mesmo nesses sistemas altamente díspares, a mesma física fundamental está em ação”.
        A natureza robusta do modo de Higgs recém-observado em supercondutores poderia tornar mais fácil para os cientistas estudar a ainda controversa "partícula de Deus" - o evasivo ‘elo perdido’ na teoria padrão da física de partículas que é responsável por conferir massa a toda matéria no universo. Graças a esta nova abordagem, em breve será possível resolver os mistérios de longa data da física fundamental, através de experimentos realizados - não em um complexo de aceleradores de bilhões de dólares - mas em uma mesa de laboratório.






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