Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/02/2015
Depois de ‘impressas’, as fitas supercondutoras são recobertas
com várias camadas isolantes para proteção. [Imagem: Eurotapes/Divulgação]
Os cabos supercondutores já estão batendo recordes
de corrente elétrica há algum tempo. Mas
eles ainda são enormes e caros, em grande parte porque são difíceis de
fabricar, baseados em materiais quebradiços.
A solução está
vindo na forma de fitas supercondutoras, que podem ser fabricadas por uma
técnica de baixo custo e montadas umas sobre as outras ou torcidas para formar
cabos flexíveis.
“É um avanço real
produzir supercondutores com esta técnica, já que seus custos de produção serão
muito menores do que com os métodos existentes,” disse Xavier Obradors, do
Instituto de Ciências dos Materiais da Espanha, coordenador do projeto Eurotapes, financiado pela União Europeia.
A equipe desenvolveu duas técnicas para fabricar
as fitas supercondutoras. A primeira é baseada em um processo de deposição
química. A segunda usa misturas nas quais são diluídos nanocompósitos com
dimensões entre 1 e 100 nanômetros. Essa mistura é aplicada como se fosse uma
tinta, em um processo adaptado da impressão a jato de tinta.
Obradors afirma que as fitas
supercondutoras, flexíveis e de baixo custo, poderão tornar as turbinas eólicas
duas vezes mais eficientes ao permitir a substituição dos cabos de cobre usados
hoje em seus geradores.
A equipe espera
também que seus ‘cabos impressos’ sejam utilizados no projeto de reatores de
fusão nuclear e na fabricação de equipamentos mais eficientes e menores de
ressonância magnética.
Mas há várias
outras possibilidades de uso, às quais a equipe pretende se dedicar na fase
final do projeto, voltada à identificação de aplicações tecnológicas. Esta fase
deverá durar até Fevereiro de 2017.
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