Redação do Site Inovação
Tecnológica - 22/01/2018
Processadores quânticos da Intel: com 7, 17 e,
agora, à direita, com 49 qubits supercondutores. [Imagem: Walden Kirsch/Intel]
A Intel
apresentou um processador quântico de 49 qubits, acertando em cheio o limite teórico que vem colocando entraves para os computadores
e simuladores quânticos.
O
processador foi batizado de Tangle, em homenagem a um lago de mesmo nome
no Alasca e uma referência à temperatura criogênica que os qubits
supercondutores precisam para funcionar.
Como existem
vários desafios para a miniaturização dos qubits supercondutores, a Intel
anunciou também que está fazendo progressos nos qubits de spin, nos quais as
informações são guardadas na direção de rotação de elétrons individuais, um
campo onde computação quântica e spintrônica se confundem.
Os qubits
spintrônicos se parecem com um transístor que opera com um único elétron, sendo
similares em vários aspectos aos transistores convencionais. Isso significa que
eles podem ser miniaturizados usando a tecnologia tradicional da
microeletrônica e serem fabricados por processos comparáveis. A Intel anunciou
que já desenvolveu um fluxo de fabricação de qubits de spin usando sua
tecnologia de processo de 300 mm.
Infelizmente,
a empresa não deu quaisquer detalhes sobre o desempenho do seu processador com
qubits supercondutores e nem adiantou com quantos qubits de spin seus
engenheiros estão trabalhando. Sem informações, analistas da indústria
acreditam ser seguro dizer que outros participantes dessa corrida pela computação
quântica, como IBM e Google, estão à frente.
A gigante
dos processadores eletrônicos, às voltas com um bug que deverá lhe custar milhões de dólares na Justiça,
achou melhor desconversar: “Acreditamos que serão necessários de cinco a sete anos antes
que a indústria consiga lidar com os problemas de engenharia e provavelmente
será necessário um milhão ou mais qubits para obter relevância comercial,”
disse Mike
Mayberry, diretor do Intel Labs.
Segundo a
empresa, um processador quântico de teste de 49 qubits é um marco importante
porque permitirá avaliar e melhorar as técnicas de correção de erros e simular
problemas computacionais reais.
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