Redação do Site Inovação Tecnológica - 30/08/2013
Vista geral da construção do reator de fusão tipo estelarator, antes de seu
fechamento final. [Imagem: IPP]
Esteralator
Enquanto o reator de fusão nuclear do ITER recebe o sinal verde para o
início de sua montagem, o Wendelstein 7-X, na Alemanha, dá um passo ainda mais
significativo.
Acabam de ser colocadas as
últimas coberturas do complicado reator de fusão, selando definitivamente o
invólucro onde os cientistas tentarão recriar o processo de geração de energia
das estrelas.
Ao contrário do reator do ITER,
que é do tipo tokamak, o reator do Wendelstein 7-X é do estelarator (stellarator).
Um tokamak é alimentado por uma
corrente de plasma. Essa corrente fornece uma parte do campo magnético
responsável por isolar o próprio plasma das paredes do reator - o grande
desafio é evitar as instabilidades do plasma circulante pelo torus.
Um reator do tipo estelarator não
tem corrente, eliminando de pronto o problema das instabilidades do plasma.
Mas o projeto tem seus próprios
desafios, o que justificou a construção do Wendelstein 7-X, que, da mesma forma
que o ITER, será um reator de pesquisas, para demonstrar a viabilidade do
conceito.
Se tudo correr bem, ele entrará
em funcionamento em 2014.
O anel retorcido do Wendelstein 7-X é formado por cinco módulos estruturalmente
idênticos. [Imagem: IPP]
Janelas fechadas
O anel retorcido do Wendelstein7-X é formado por cinco módulos estruturalmente idênticos.
Cada uma das cinco seções do
canal de plasma, assim como as 14 bobinas magnéticas supercondutoras, foram
conectadas e revestidas por um invólucro externo de aço pesando 120 toneladas.
Cada um dos cinco módulos tem
diversas "janelas", onde são conectados instrumentos de medição,
bombas e mecanismos de resfriamento.
Com a soldagem da janela número
254, agora o reator de fusão, assim como a sorte do que ocorrerá lá dentro,
estão totalmente selados.
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